Uma lei imutável determina que um determinado percentual das pessoas é tão extremamente crédula, que cai certamente até nos mais manjados golpes da praça, tipo o conto do bilhete premiado, conto do vigário, golpe da mala, boa noite cinderela, conto do consórcio sorteado, etc. Com a internet, as contrapartes físicas da malandragem ganharam contrapartes virtuais e continuam aí atormentando a vida dos santos demais que não desconfiam do tamanho da esmola.
1) Teste produtos em casa e fique com eles de graça!
Durante a pesquisa para este post, me deparei com um site bem legal que oferecia produtos eletrônicos para o usuário testar em casa, responder algumas pesquisas e ficar com eles. Maravilha, pensei, inclusive eles geraram o meu código na hora! Na segunda tela, que exigia cadastramento do e-mail, resolvi abrir uma outra janela e partir para o tira-teima no Google. Lá encontrei os relatos das vítimas da tramoia e o blog que descrevia com exatidão todos os passos do golpe: trata-se de uma maneira bastante desonestas de vender assinaturas anuais de uma revista de “Proteção ao Consumidor”. Logicamente, as tentadoras amostras grátis são completamente falsas.
O lado das vítimas: Reclamação 1, reclamação 2
2) Leilões de menor lance único ou Leilões Reversos.
Quem não se lembra de uns 4 ou 5 anos atrás quando este tipo de esquema arrecadatório se espalhou pelas redes de TV do país? Hoje, este negócio, que foi proibido na telinha, sobrevive em alguns sites.
Para se ter uma ideia do que era a salafragem no tempo da TV, acompanhe o seguinte relato de um usuário que resolveu testar o sistema:
“Uma vez resolvi fazer um teste, mandei um SMS com de valor de R$ 50.000.000 (cinquenta milhões de reais), e me responderam que já havia um lance igual ao meu. Desconfiado, mandei outro SMS, dessa vez, ao invés de um valor numérico, enviei a palavra TESTE, e responderam que já havia um lance igual ao meu. Tudo mentira, não acreditem, não sejam enganados e divulguem para os outros também não serem!”
Atualmente, depois de banidos da TV pela ação do Ministério Público, sobrevivem alguns sites neste ramo da pilantragem que ainda empurram esta modalidade de golpe em cima dos pobres dependentes de jogatina.