Em entrevista coletiva, os dirigentes da empresa norueguesa dizem que fizeram alterações no projeto e que ainda esperam licenciamento para operar o Parque de Construção Submarina em Pontal do Paraná.
O presidente da Subsea 7 no Brasil, Victor Bonfim, afirmou que a empresa pretendia fazer a montagem de tubos rígidos para as áreas de Guará e Lula Nordeste, na Bacia de Santos, em Pontal, mas vai transferir a produção para unidades em outros estados. A empresa ainda espera obter o licenciamento a tempo de montar no litoral do Paraná as peças e equipamentos de outras quatro áreas de exploração do pré-sal na Bacia de Santos – Guará-Norte, Cernambi, Lula Central e Lula Alto. Segundo Bomfim, isto será possível se o licenciamento sair num prazo de dois meses.
A coordenadora dos estudos ambientais da Subsea 7, Annelissa Donha, disse que a empresa fez a alteração sugerida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) no projeto original e que espera a anuência do órgão. Segundo ela, foi suprimida a abertura de uma estrada que seria construída para dar acesso aos funcionários e o acesso será feito exclusivamente por mar.
O IAP, no entanto, deve aguardar o andamento das ações promovidas pelos ministérios públicos estadual e federal antes de dar prosseguimento ao processo de licença de operação. Os promotores argumentam que a supressão de uma área de 46 hectares de mata atlântica é inaceitável. Na semana passada eles entraram com uma ação conjunta na Justiça para impedir a instalação da empresa. Em 2010, o Ministério Público Federal entrou com uma outra ação para impedir que o licenciamento seja feito pelo IAP e sim pelo órgão federal, Ibama.
Segundo a Subsea, a área impactada representa apenas 3% do terreno de 2,6 mil hectares adquirido pela empresa. A empresa também argumenta que Pontal do Paraná receberia por ano R$ 3,8 milhões por ano em Imposto sobre Serviços (ISS) R$ 2,7 milhões anuais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
De acordo com Bomfim, a Subsea pretende formar mil pessoas da região para trabalhar na empresa.
Novo contrato em vista
A Subsea 7 apresentou a melhor proposta para a instalação de uma Unidade Offshore de Transferência e Exportação (UOTE) para a Petrobras. A unidade será instalada na Bacia de Campos, a 80 km da costa e funcionará como um terminal oceânico. A proposta ainda está sendo analisada pela petroleira.
A Petrobras convidou dez empresas, quatro apresentaram propostas, das quais apenas a da Subsea 7 e do consórcio Technip/Global foram abertas.
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