Atualmente, as doenças negligenciadas fazem milhões de vítimas mundiais. Entretanto muitas delas estão esquecidas pelas indústrias farmacêuticas, tais como a dengue, a malária e a leishmaniose. Agora, um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia pode reverter este quadro: tais doenças podem ganhar uma vacina em até dez anos.
Há cerca de três anos, o Instituto, que reúne pesquisadores dos mais importantes centros de pesquisa brasileiros, vem estudando mecanismos de defesa para frear a propagação destas enfermidades. Desde então, alguns trabalhos já chegaram a fases avançadas, com a realização de testes em primatas, ou seja, a última fase antes de experimentações em humanos. Apesar da importância dos estudos, para prosseguir será necessário um investimento do governo federal de R$ 12,5 milhões.
Dengue – típica dos verões
Típica dos verões, a dengue é uma doença infecciosa causada por quatro variedades virais que possuem diferentes níveis de gravidade. A forma mais severa é a hemorrágica, podendo levar à morte, já que este tipo reduz as plaquetas do sangue, levando à ocorrência de sangramentos. Os sintomas, caracterizados por febre alta, dores de cabeça, dor atrás dos olhos, no corpo, nas articulações e manchas vermelhas no corpo, se manifestam cerca três dias após a picada.
Apesar das variedades virais, a dengue é transmitida por apenas um vetor, o Aedes aegypti. Sem ele não há transmissão, pois não há contágio de homem para homem, daí a importância de se evitar a proliferação do mosquito. As medidas são simples: evitar o acúmulo de água em calhas de telhados, não deixar pneus ou recipientes expostos ao ar livre, trocar a água dos vasos por terra, manter as caixas d’água, cisternas e barris fechados, entre outras.
Calcula-se que o Aedes aegypti tenha chegado ao Brasil através dos navios negreiros, por volta do século XVII. Na era Vargas, ele chegou a ser dado como erradicado, mas a extinção não durou muito. Na década de 50, a industrialização e a urbanização provocaram o surgimento de novos criadouros do mosquito, como pneus provenientes da indústria automobilística, que estava em pleno desenvolvimento.
Malária
Transmitida pela picada de fêmeas do mosquito Anopheles, a malária infecta o homem através da saliva proveniente em sua picada. Uma vez que os parasitas são injetados no organismo, eles se direcionam até o fígado, iniciando um ciclo de seis a oito dias de duração, período durante o qual se reproduzem e acabam arrebentando as células deste órgão. Daí, eles espalham-se pela corrente sanguínea, provocando anemia no indivíduo.
Os sintomas mais comuns são febre alta, sudorese, calafrios, palidez, cansaço, falta de apetite e dores na cabeça e em outras regiões do corpo. O diagnóstico é feito através de análise de uma amostra sanguínea retirada do dedo – teste de gota espessa. A prevenção à doença é feita de forma semelhante à prevenção contra a dengue, evitando a proliferação do mosquito.
Leishmaniose
Desconhecida por muitos, a leishmaniose é transmitida ao homem também através da picada de mosquitos. Várias espécies de flebotomíneos podem propagar a doença, dependendo da localização geográfica. Ao entrar no organismo, o Leishmania – parasita infectante – invade o sistema imunológico e ali se reproduz. As manifestações se dão de duas formas: cutânea, através de lesões na pele ou visceral, afetando os órgãos, principalmente, fígado, baço e medula óssea.
Os sintomas variam de acordo com o tipo de leishmaniose provocada, podendo apresentar desde feridas na pele, até febre, anemia, palidez e inchaço abdominal. Caso não seja tratada adequadamente, através de medicamentos e acompanhamento médico pode levar a morte.
Descaso com a população
Na última epidemia de dengue no Rio de Janeiro, em 2008, mais de um milhão de pessoas foram vítimas da enfermidade. Das doenças infecto-contagiosas existentes no mundo inteiro, a malária só perde em número de casos para a AIDS (Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida), ocasionando problemas de ordem social e econômica. Além disso, cerca de 20 mil pessoas são infectadas anualmente pela leishmaniose no Brasil.
Segundo Ricardo Gazzinelli, pesquisador do Centro de Pesquisas René Rachou, apesar de tais doenças se manifestaram desordenadamente, “só agora, com o desenvolvimento dos países em que essas doenças são comuns, o interesse de algumas companhias farmacêuticas aumentou”. O interesse se deu devido à constatação tardia de que efetivamente existe um mercado.
Fonte: Educa
Há cerca de três anos, o Instituto, que reúne pesquisadores dos mais importantes centros de pesquisa brasileiros, vem estudando mecanismos de defesa para frear a propagação destas enfermidades. Desde então, alguns trabalhos já chegaram a fases avançadas, com a realização de testes em primatas, ou seja, a última fase antes de experimentações em humanos. Apesar da importância dos estudos, para prosseguir será necessário um investimento do governo federal de R$ 12,5 milhões.
Dengue – típica dos verões
Típica dos verões, a dengue é uma doença infecciosa causada por quatro variedades virais que possuem diferentes níveis de gravidade. A forma mais severa é a hemorrágica, podendo levar à morte, já que este tipo reduz as plaquetas do sangue, levando à ocorrência de sangramentos. Os sintomas, caracterizados por febre alta, dores de cabeça, dor atrás dos olhos, no corpo, nas articulações e manchas vermelhas no corpo, se manifestam cerca três dias após a picada.
Apesar das variedades virais, a dengue é transmitida por apenas um vetor, o Aedes aegypti. Sem ele não há transmissão, pois não há contágio de homem para homem, daí a importância de se evitar a proliferação do mosquito. As medidas são simples: evitar o acúmulo de água em calhas de telhados, não deixar pneus ou recipientes expostos ao ar livre, trocar a água dos vasos por terra, manter as caixas d’água, cisternas e barris fechados, entre outras.
Calcula-se que o Aedes aegypti tenha chegado ao Brasil através dos navios negreiros, por volta do século XVII. Na era Vargas, ele chegou a ser dado como erradicado, mas a extinção não durou muito. Na década de 50, a industrialização e a urbanização provocaram o surgimento de novos criadouros do mosquito, como pneus provenientes da indústria automobilística, que estava em pleno desenvolvimento.
Malária
Transmitida pela picada de fêmeas do mosquito Anopheles, a malária infecta o homem através da saliva proveniente em sua picada. Uma vez que os parasitas são injetados no organismo, eles se direcionam até o fígado, iniciando um ciclo de seis a oito dias de duração, período durante o qual se reproduzem e acabam arrebentando as células deste órgão. Daí, eles espalham-se pela corrente sanguínea, provocando anemia no indivíduo.
Os sintomas mais comuns são febre alta, sudorese, calafrios, palidez, cansaço, falta de apetite e dores na cabeça e em outras regiões do corpo. O diagnóstico é feito através de análise de uma amostra sanguínea retirada do dedo – teste de gota espessa. A prevenção à doença é feita de forma semelhante à prevenção contra a dengue, evitando a proliferação do mosquito.
Leishmaniose
Desconhecida por muitos, a leishmaniose é transmitida ao homem também através da picada de mosquitos. Várias espécies de flebotomíneos podem propagar a doença, dependendo da localização geográfica. Ao entrar no organismo, o Leishmania – parasita infectante – invade o sistema imunológico e ali se reproduz. As manifestações se dão de duas formas: cutânea, através de lesões na pele ou visceral, afetando os órgãos, principalmente, fígado, baço e medula óssea.
Os sintomas variam de acordo com o tipo de leishmaniose provocada, podendo apresentar desde feridas na pele, até febre, anemia, palidez e inchaço abdominal. Caso não seja tratada adequadamente, através de medicamentos e acompanhamento médico pode levar a morte.
Descaso com a população
Na última epidemia de dengue no Rio de Janeiro, em 2008, mais de um milhão de pessoas foram vítimas da enfermidade. Das doenças infecto-contagiosas existentes no mundo inteiro, a malária só perde em número de casos para a AIDS (Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida), ocasionando problemas de ordem social e econômica. Além disso, cerca de 20 mil pessoas são infectadas anualmente pela leishmaniose no Brasil.
Segundo Ricardo Gazzinelli, pesquisador do Centro de Pesquisas René Rachou, apesar de tais doenças se manifestaram desordenadamente, “só agora, com o desenvolvimento dos países em que essas doenças são comuns, o interesse de algumas companhias farmacêuticas aumentou”. O interesse se deu devido à constatação tardia de que efetivamente existe um mercado.
Fonte: Educa
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