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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Crianças que falam errado: o que fazer?

Distúrbios de linguagem nas crianças são muito mais corriqueiros do que se imagina. Veja o que fazer para ajudar os pequenos

 Muita gente acha graça quando ouve uma criança falando errado. Na maioria das vezes, pronunciar as palavras de maneira errônea, sem um "L" ou um "R", faz parte do desenvolvimento normal de meninos e meninas. Mas, se trocas e omissões de sons permanecem depois dos 3 anos, isso pode se tornar um problema no futuro ou até mesmo indicar uma doença mais grave.
O pior é que grande parte dos pediatras, especialistas a quem recorrem pais e mães nos primeiros anos de vida dos filhos, muitas vezes não repara a tempo naqueles sinais capazes de denunciar alterações na fala. É o que constatou uma pesquisa realizada na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP), no interior paulista. O estudo ouviu 79 pediatras com mais de um ano de experiência clínica nos estados de São Paulo e Minas Gerais. "Várias famílias atendidas por nós suspeitavam que a criança tinha alguma disfunção, mas o pediatra não deu atenção à queixa", explica a fonoaudióloga Luciana Maximino, uma das autoras do trabalho.
Entre os riscos da demora em identificar problemas na comunicação infantil está, além do óbvio atraso para encontrar uma solução, a possibilidade de passar despercebido um caso de surdez ou outros transtornos globais, como autismo. "Não existe marcador claro para dizer se a criança se encaixa ou não em um desses casos. Tudo é sintoma", diz Luciana. Assim, quanto mais precoce o diagnóstico, melhor. "A alfabetização vai ser mais fácil, a adaptação com aparelhos auditivos pode ser melhor e a quantidade de sessões de terapia, menor", exemplifica a fonoaudióloga.
Em defesa de seus colegas pediatras, Ana Maria Escobar, de São Paulo, diz que o tempo de uma consulta é curto demais para flagrar problemas de fala. "Um atendimento pediátrico é diferente de um especializado", afirma. "Temos que avaliar o coração, o abdômen, o fígado e o baço, checar o ouvido e a garganta, verificar o tônus muscular e possíveis transtornos neurológicos", enumera Ana. Além disso, na presença do médico, muitos garotos e garotas ficam intimidados. E mudos.
Por isso é importante que os pais levem dúvidas e alertas para o consultório, sem esperar, em silêncio, que o próprio especialista note algo diferente na hora do exame. E, claro, para que apresentem informações pertinentes, devem permanecer atentos. "A mãe e o pai precisam observar as habilidades do filho para imitar movimentos e sons da fala, mostrar objetos e compreender ordens simples, como bater palma", indica a fonoaudióloga Jacy Pericinoto, de São Paulo.
Um erro é fatal: comunicar-se de uma maneira infantilizada com a garotada, o que só atrapalha. Afinal, os pequenos repetem o que ouvem. É a fala do adulto, mais evoluída, que permite que a aquisição da linguagem progrida. "Conversar com a criança, e não por ela, é a primeira atitude que os pais devem tomar", ensina a fonoaudióloga Fernanda Dreux Fernandes.
Quando há um problema, o tratamento geralmente consiste em terapia fonoaudiológica, que se vale de brinquedos para facilitar o contato com o especialista da área, e aconselhamento familiar - afinal, em casa, todos devem colaborar. A duração varia conforme o caso. E, enquanto o tratamento dura, correções e broncas nunca são bem-vindas. Se a criança gagueja e é repreendida, as palavras vão sair cada vez mais aos tropeços ou, por medo de errar, o silêncio infantil será a norma. Repetir o certo basta. Cuidar dos ouvidos, e de possíveis infecções, também está relacionado ao desenvolvimento adequado da linguagem. Afinal, para falar, a gente precisa ouvir bem.


Veja quais são os problemas mais comuns na fase inicial do desenvolvimento da fala:


A demora
As primeiras palavras costumam soar entre 1 ano e 1 ano e meio. As primeiras frases, geralmente bem curtas, aos 2. É bom ficar atento se a criança foge desse padrão ou, ainda, se ela começa a falar e depois para, sem continuar evoluindo.
Trocar sons
A criança fala tudo, mas troca alguns fonemas. Até os 3 anos, isso é esperado. Mas, se depois dessa idade ela continuar substituindo o ele pelo erre, por exemplo, o ideal é levá-la ao médico.
Gagueira
O pequeno pode receber uma grande descarga de neurotransmissores, moléculas que podem demandar tempo para ser equalizadas pelo cérebro. É por isso que às vezes gagueja enquanto procura o termo certo.
Língua presa
Até os 4 anos, é normal. A boca ainda cresce um pouco e o nascimento dos primeiros dentes definitivos cria espaço para a língua se acomodar. Mas é interessante se certificar de que não se trata de uma adenoide grande demais ou um problema na arcada.
 
Fonte:
Camila Carvas
Conteúdo do site Saúde

10 truques para seu filho comer bem

Veja como respeitar as vontades da criançada sem abrir mão dos alimentos saudáveis

 Na hora de sentar à mesa, tenha sempre uma coisa na cabeça: se a criança estiver com fome, ela vai comer! É importante que você respeite as vontades do seu filho e nunca o force a comer o que não quer.
O pediatra Fábio Ancora Lopez afirma que é importante evitar que ele se distraia durante as refeições, portanto, não deixe a TV ligada e evite brincadeiras do tipo "olha o aviãozinho" com a colher.


As maiores dúvidas dos pais sobre a alimentação infantil


1. Meu filho pode se sujar enquanto come?
Sim. Na hora de comer, deixe a criançada à vontade e pense que a sujeira faz parte da aprendizagem. Ele tem que se sujar mesmo! Quando o contato com a comida é prazeroso desde cedo, a criança tende a experimentar novos alimentos com mais facilidade. E não se preocupe com as boas maneiras à mesa nessa fase, a criança vai aprender com naturalidade mais tarde, não precisa forçar.
2. Posso oferecer presentes em troca de colheradas?
Não. Isso pode virar uma forma de chantagem. Imagine se, toda vez que ele comer, exigir um presente em troca?
3. As crianças devem comer antes do resto da família?
Não. É muito importante que a criança faça as refeições junto com os adultos. Quando os pequenos estão comendo com os pais, eles tentam imitar os mais velhos. Assim, aprendem o que pode e o que não pode ser feito durante as refeições. E, se elas já comeram, você vai ter que brincar com elas e não vai conseguir comer tranquila.
4. Meu filho não come legumes e verduras. O que eu faço?
As crianças aceitam ou rejeitam as coisas de acordo com o momento. Quando ela recusar a comida, ignore e ofereça de novo mais tarde. Outro segredo é variar no preparo. Exemplo: sirva a cenoura crua, cozida, ralada...
5. Devo preparar comida diferente da dos adultos para meu filho?
Não adianta você ficar forçando seu filho a comer um legume enquanto seu marido come um pedação de pizza. Tente oferecer nas refeições os mesmos alimentos para os adultos e para os pequenos. Assim, você dá um exemplo saudável para seu filho seguir.
6. Deixo meu filho comer na frente da TV?
De jeito nenhum. Em vez de deixá-lo sozinho na sala vendo TV, por que não levá-lo à cozinha para ajudar você? Deixe-o participar do preparo das refeições. Na hora do almoço, por exemplo, faça junto com ele uma salada, deixe que ele misture os ingredientes e sirva os pratos. Isso vai ajudá-lo a se alimentar melhor e se sentir incluído no processo.
 
7. Meu filho só gosta de um tipo de legume. Posso deixá-lo comer só esse?
Cada alimento possui determinados tipos de vitaminas e nutrientes. É preciso perguntar ao pediatra quais devem ser combinados ao fazer o cardápio. Não deixe que ele coma cenoura todo dia, por exemplo. Assim ele deixará de ganhar os benefícios de outros tipos de legumes.
8. Até que ponto eu posso forçar meu filho a comer?
Nunca se deve forçar a criança a comer. Se ela rejeita a comida, normalmente é porque já está satisfeita. Fique tranquila e ignore. Mas, se perceber que seu filho está comendo muito pouco, leve-o ao pediatra. Só ele pode dizer se a criança está com algum problema de saúde que inibe o apetite.
9. O que faço se ele só quer comer alimentos que fazem mal?
Não adianta deixar aquele pote de biscoitos em uma prateleira alta, se estiver ao alcance dos olhos da criança. Tudo o que é proibido só aumenta a curiosidade, a ansiedade e o desejo. Não é apenas o sabor que chama a atenção, mas também saciar aquela vontadezinha de quebrar as regras...
10. Não gosto que o meu filho entre na cozinha. Estou errada?
É comum a maioria das mães deixar os filhos longe da cozinha, o que é de se entender, afinal, é um dos lugares mais perigosos da casa. Mas é melhor que elas aprendam com você os perigos que podem encontrar em qualquer outro lugar, para que saibam como agir. Além disso, elas ficam familiarizadas com o ambiente, podem ajudar você a preparar as refeições e, assim, em vez de dar tanto trabalho, elas podem acabar limpando o prato!

Fonte:
Marina Lucchesi
Conteúdo do site ANAMARIA

Os benefícios do suco natural para a saúde da criança

Todo dia é dia de oferecer ao seu filho um suco natural ou uma bela vitamina. Os especialistas garantem que é uma saída para compensar uma parte do que ele não anda comendo direito

Muitos pais vão passar por isso: em algum momento na vida a criança recusará a botar qualquer tipo de vegetal na boca. Para os pais, enfrentar essa resistência é o mesmo que entrar em uma batalha, da qual geralmente saem derrotados. E uma saída honrosa é oferecer ao pequeno teimoso um copo carregado de nutrientes, os mesmíssimos, aliás, que marcam presença na fruta. Claro, durante o processamento, há certa perda de vitaminas e minerais. As fibras também não se mantêm intactas, mas, no balanço geral, a meninada que diz não para a maçã na sobremesa e para a banana na hora do lanche sai no lucro.
Para ter uma ideia, um copo caseiro de suco de laranja carrega 111% da necessidade diária de vitamina C de uma criança em idade pré-escolar. O mesmo copo cheio do sumo de maracujá tem quase 10% do que ela precisa de vitamina A. E um copo de banana batida com maçã supre 15% da dose diária da B6. Já se você misturar mamão, banana e leite no liquidificador, estará garantindo 21% do que a meninada precisa ingerir de vitamina B12 todo santo dia.
"Claro que os sucos não devem substituir uma refeição", ressalta a nutricionista Priscila Maximino, de São Paulo. "Procure oferecê-los junto com o almoço ou no lanche, como um reforço." Também não é demais enfatizar: o líquido vitaminado não está à altura das frutas inteiras, justamente por causa das fibras perdidas. "Convém ainda variar a receita para que a criança se acostume a diversos sabores", recomenda a nutricionista Julliana Bonato, de São Paulo. Afinal, querer que seu filho seja fã de vegetais e oferecer sempre o mesmo líquido para matar a sede dele é exigir demais!
Fruta na caixinha?
Em termos nutricionais, os naturais são imbatíveis. Mas os sucos de caixinha são uma mão na roda e ninguém deve se culpar por colocá-los na lancheira da criança. Afinal, é mesmo difícil mandar o suco natural para a escola ou para o piquenique no parque. Sem contar que o certo é tomá-lo logo em seguida ao preparo. Então, dê um suco de caixinha, sem medo - é uma opção, de longe, muito mais saudável do que um refrigerante.
Vale lembrar...
· A fruta passadinha, que não seria a melhor sobremesa, pode virar uma ótima vitamina.
· Incremente a receita da vitamina com cereais. Eles compensam parte das fibras perdidas.
· Nunca adoce. As frutas já têm seu açúcar natural.
· Faça seu filho beber qualquer suco logo após o preparo para evitar a perda de vitaminas.
· O suco de laranja, rico em vitamina C, vai bem no almoço porque favorece a absorção do ferro das carnes e das leguminosas, afastando o risco de anemia.
· Já a vitamina preparada com leite deve ser oferecida longe das refeições principais. Isso porque o cálcio do laticínio compete com o ferro tanto das carnes vermelhas quanto dos feijões.

Fonte:
Gabriela Cupani
Conteúdo do site Saúde

Educação: a maior herança do mundo

 A educação dada aos filhos no dia a dia é a garantia de um futuro cheio de sabedoria e de apreço pelo conhecimento 
 
"Educar dá trabalho e leva tempo." A ideia parece óbvia à primeira vista. Ainda mais para quem tem filhos. Eles teimam em não ir para a cama, adoram ver televisão, preferem videogame a livros ... Apesar disso, se analisada com calma, a frase revela que, em vez de se fixar no trabalho e no tempo, quem educa deveria se preocupar mais em como educar.

Quando pequeno, o ser humano aprende a viver observando o outro. Um bebê, por exemplo, começa a falar as primeiras palavras depois de tanto ouvi-las. O mesmo acontece com crianças mais crescidas: elas passam a fazer coisas - boas e ruins, há que se destacar bem - percebendo quem está ao seu redor e o que essa pessoa faz. Natural então, que se mirem nos familiares. "Por isso, pai e mãe não podem ser adeptos do 'faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço'", explica a psicopedagoga Maria Cristina Mantovanini.

Ou seja, o desejável é que a família eduque com atitudes, e não só com palavras. Sem ação, não há discurso que se sustente. Isso não quer dizer, é claro, que os pais tenham de fazer com que os filhos se comportem como eles. Crianças não são miniadultos, como bem ilustra o psicólogo Yves de La Taille no livro Formação Ética - Do Tédio ao Respeito de Si (Artmed). Educar com exemplos significa ajudar a garotada a se constituir como ser humano, sem deixar de respeitar a infância.

Terreno fértil

A boa notícia é que, ao contrário do que muita gente grande pensa, gente miúda adora aprender. Desde que o aprendizado deixe espaço para a experimentação e não seja simplesmente algo imposto ou mesmo sonhado pelos pais.

Que tal, então, ir a exposições de arte interativas, em vez de arrastar um menino de 5 anos para uma mostra de esculturas de cristal? Só assim a arte vai passar a fazer sentido para ele e lhe despertará algum interesse. De acordo com o educador alemão Friedrich Froebel (1782-1852), brincar é um dos primeiros recursos da aprendizagem, mas, para que funcione, não pode ser simplesmente diversão. Tem de fomentar questionamentos e desafiar os baixinhos a pensar. Na essência, brincadeiras são representações do mundo que ajudam as crianças a entendê-lo.

Quanto à aula de piano, de futebol, de inglês... Será realmente necessário que seu filho aprenda isso nesse exato momento da vida? Em vez de piano, será que ele não se interessaria mais por canto? O futebol não poderia ceder lugar à natação? Antes de pensar que você está dando tudo de melhor a ele, experimente analisar se não está tutelando o amor da sua vida em demasia. Indo aos cursos obrigado, definitivamente ele não está desenvolvendo interesse por eles, muito menos vontade de aprender mais. Quando isso acontece, é normal encontrar filhos questionando os pais."Por que eu tenho de ir e você não?" Difícil apresentar um argumento válido, concorda? Ainda mais porque nenhuma resposta vai ser melhor que uma atitude sua, como acompanhá-lo na atividade e depois conversar sobre o que ele pensa a respeito dela. Do mesmo modo, pais que educam de verdade não impõem o dever de casa como condição para poder brincar, por exemplo. Demonstram a validade do que os professores ensinam e a necessidade das tarefas. E quem reserva o momento da lição dos filhos também para estudar - ainda que seja algo distante do conteúdo escolar tradicional - reforça ainda mais a importância da educação, embora essa atitude seja para muitos adultos uma privação do tempo disponível para ver televisão, por exemplo.
 

Antes que eles cresçam...

Quanto mais o tempo passa, mais complicado fica educar os filhos com exemplos. "As referências dos jovens mudam e o universo deles cresce. Os pais não representam o mesmo para eles", diz Maria Cristina. Por isso, há muito que se investir na infância com hábitos - ainda que alguns deles pareçam simplistas. Eliminar palavrões do seu vocabulário é bem mais eficaz que dar bronca nas crianças quando elas falam algum. Ir à biblioteca junto com elas e escolher um livro para cada uma é mais válido que terminar o ano reclamando que seus filhos não leem tanto quanto você gostaria. "Pesquisas comprovam que ler para as crianças - e não só contar histórias - é determinante para o sucesso escolar", enfatiza a pedagoga Ana Flavia Castanho, de São Paulo.

Já estamos cansadas de saber que grande parte do que somos quando crescemos tem raízes profundas na infância. Porém a companhia educativa dos pais, externalizada por exemplos, não poupa ninguém de enfrentar os grandes questionamentos da vida. Mas certamente alivia o peso deles, apontando os melhores caminhos a serem seguidos.

Fonte:
Maria Clara Braz
Conteúdo do site Bons Fluidos

domingo, 25 de setembro de 2011

Peixe hoje, saúde amanhã!

Sabia que o consumo regular de peixe melhora o desempenho escolar dos mais pequenos? Para além de muito nutritivo para todas as idades, este alimento é ainda um aliado no controle do peso dos adultos 

Quantas vezes as crianças torcem o nariz às refeições com peixe? As espinhas, o sabor e o cheiro servem de desculpa para evitar o alimento que, na realidade, é indispensável a uma alimentação equilibrada “dos zero aos 100”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aumento do consumo de peixe, que inclua pelo menos 3-cinco doses por semana. Os pais sabem a lição mas nunca é demais repeti-la! Na infância, altura em que se verifica um crescimento acentuado, a qualidade da alimentação é determinante. Não basta variar, é preciso acertar nas porções e nos ingredientes.
Os benefícios do peixe na alimentação das crianças são incontornáveis:
- Tem sais minerais (cálcio, fósforo, zinco e cobalto) que fortalecem os dentes e os ossos;
- É rico em vitamina D que assegura uma utilização adequada do cálcio bem como o funcionamento correcto dos músculos e do sistema nervoso;
- Possui vitamina A, essencial para a visão;
- Fonte de vitaminas do complexo B que dão energia e aumentam a resistência a doenças e ao cansaço intelectual;
- É ainda uma excelente fonte de ácidos gordos essenciais muito importantes para o desenvolvimento cerebral.
Na mesa, todas as semanas:
O seu filho já comeu peixe esta semana? Quantas vezes? Rico em proteínas, ferro, iodo e ómega 3, este alimento tem funções comprovadas na optimização do desenvolvimento do cérebro das crianças e na protecção contra as inflamações. Por isso, é introduzido na alimentação durante o primeiro ano de vida, altura em que as crianças de uma forma gradual começam a ingerir alimentos sólidos.
Rico em aromas, o peixe contém muitas proteínas, que funcionam como tijolos que edificam o corpo, intervindo nos processos de crescimento e reparação do organismo. Poucas pessoas sabem que o seu valor biológico é exactamente igual ao da carne. A textura macia do peixe permite ainda uma mastigação fácil, que ajuda no pro-cesso digestivo e evita transtornos como a azia, má digestão ou sonolência após a refeição.
Uma das grandes vantagens do peixe em relação à carne é que não tem gorduras saturadas prejudiciais à saúde. O peixe, de uma forma geral, contém teores de gordura inferiores aos da carne e é sobretudo rico em gorduras polinsaturadas, em especial os ómega 3, nutrientes amigos do organismo. Concentradas em maior quantidade nos peixes gordos (como o salmão, atum ou cavala), estas “gorduras boas” protegem o aparelho cardiovascular e dos processos inflamatórios.  
Regra geral, os peixes, mesmo os gordos, têm menor quantidade de gordura, e consequentemente, menos calorias do que as carnes vermelhas. A qualidade da gordura e o menor valor energético dos peixes também podem ser uma característica benéfica e irresistível… sobretudo para quem quer reduzir o colesterol ou perder peso.
Por Elsa Feliciano, nutricionista
Saiba mais em: Coisas de Criança

Infestações por piolhos



São parasitas hematófagos (alimentam-se do sangue humano) com seis patas, que na sua idade adulta atingem 2 a 3 mm de comprimento. Vivem sobre o couro cabeludo dos humanos, local onde beneficiam do calor e humidade. Reproduzem-se por ovos, dando origem às lêndeas. Os ovos libertam ninfas que darão de novo lugar aos piolhos. Se não houver tratamento estes ciclos podem repetir-se cada três semanas. Os piolhos podem sobreviver até três dias fora do hospedeiro humano. Os ovos não sobrevivem a temperaturas inferiores às existentes no couro cabeludo. Podem dar origem a impétigo e a adenopatias locais (aumento do volume dos gânglios).

A infestação:

Pode ser assintomática. Propagam-se sobretudo através do contacto directo entre o couro cabeludo. Os animais não são vectores de piolhos de cabeça humanos. Não se podem excluir os objectos pessoais de crianças infestadas, nomeadamente escovas ou chapéus.
Diagnóstico. É preciso encontrar um piolho para o risco diagnóstico definitivo de infestação. A presença de lêndeas é indicativa de uma infestação passada que pode ou não reactivar. Um pente fino é muito mais eficaz e rápido do que o exame visual directo para conseguir eliminar os piolhos vivos.

Tratamento:

Passa pelos insecticidas tópicos e passagem de pentes finos nos cabelos molhados. Atenção aos insecticidas tópicos que podem não ser 100 por cento ovicidas e daí a razão de um segundo tratamento. Deve-se aplicar o produto a fim de saturar o couro cabeludo e deixar repousar durante 15 minutos. Lavar com água fria com a cabeça no lavatório, a fim de reduzir a exposição corporal ao mínimo. Repetir ao fim de uma semana. Há quem preconize agentes orais como antibióticos (sulfametoxazol/trimetroprim) como tratamento coadjuvante.

Convém saber:


– As infestações por piolhos são frequentes em idade escolar mas não se associam a doenças graves
– Podem ser assintomáticas por várias semanas
- O diagnóstico obriga a ter piolho vivo
– O tratamento com insecticida tópico aprovado e bem aplicado (duas aplicações com uma semana de intervalo) é recomendado em caso de infestação activa.
– Os contactos com os couros cabeludos em risco devem ser examinados e tratados
Têm sido referidas algumas resistências. A falência do tratamento não significa resistência. Pode representar sub-diagnóstico, sub-identificação e tratamento não adequado.

Por: Cristina Rio, Pediatra Saiba mais em: Coisas de Criança