São parasitas hematófagos (alimentam-se do sangue humano) com seis patas, que na sua idade adulta atingem 2 a 3 mm de comprimento. Vivem sobre o couro cabeludo dos humanos, local onde beneficiam do calor e humidade. Reproduzem-se por ovos, dando origem às lêndeas. Os ovos libertam ninfas que darão de novo lugar aos piolhos. Se não houver tratamento estes ciclos podem repetir-se cada três semanas. Os piolhos podem sobreviver até três dias fora do hospedeiro humano. Os ovos não sobrevivem a temperaturas inferiores às existentes no couro cabeludo. Podem dar origem a impétigo e a adenopatias locais (aumento do volume dos gânglios).
A infestação:
Pode ser assintomática. Propagam-se sobretudo através do contacto directo entre o couro cabeludo. Os animais não são vectores de piolhos de cabeça humanos. Não se podem excluir os objectos pessoais de crianças infestadas, nomeadamente escovas ou chapéus.
Diagnóstico. É preciso encontrar um piolho para o risco diagnóstico definitivo de infestação. A presença de lêndeas é indicativa de uma infestação passada que pode ou não reactivar. Um pente fino é muito mais eficaz e rápido do que o exame visual directo para conseguir eliminar os piolhos vivos.
Tratamento:
Passa pelos insecticidas tópicos e passagem de pentes finos nos cabelos molhados. Atenção aos insecticidas tópicos que podem não ser 100 por cento ovicidas e daí a razão de um segundo tratamento. Deve-se aplicar o produto a fim de saturar o couro cabeludo e deixar repousar durante 15 minutos. Lavar com água fria com a cabeça no lavatório, a fim de reduzir a exposição corporal ao mínimo. Repetir ao fim de uma semana. Há quem preconize agentes orais como antibióticos (sulfametoxazol/trimetroprim) como tratamento coadjuvante.
Convém saber:
– As infestações por piolhos são frequentes em idade escolar mas não se associam a doenças graves
– Podem ser assintomáticas por várias semanas
- O diagnóstico obriga a ter piolho vivo
– O tratamento com insecticida tópico aprovado e bem aplicado (duas aplicações com uma semana de intervalo) é recomendado em caso de infestação activa.
– Os contactos com os couros cabeludos em risco devem ser examinados e tratados
Têm sido referidas algumas resistências. A falência do tratamento não significa resistência. Pode representar sub-diagnóstico, sub-identificação e tratamento não adequado.
Por: Cristina Rio, Pediatra Saiba mais em: Coisas de Criança
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