Não esqueci de ti! Dia da Mulher...

por Wellington S. Costa

**Heroína Silenciosa: Heley de Abreu e a Luta Diária das Mulheres**
Em 5 de outubro de 2017, a história de Heley de Abreu se entrelaçou com a tragédia e o heroísmo. Na Creche Gente Inocente, em Janaúba, Minas Gerais, um ato de fúria incendiária ceifou vidas e feriu inocentes. Heley, professora dedicada, ergueu-se como um escudo entre o fogo e seus alunos. Sua bravura salvou muitos, mas as chamas consumiram 90% de seu corpo, deixando marcas indeléveis de dor e sacrifício.
Heley não era uma figura pública, nem buscava os holofotes. Era uma mulher comum, tecendo a vida com a força e a delicadeza das rosas. Em seus gestos maternais, ecoava a resiliência. E em sua voz silenciada pelo fogo, palpitava a poesia, um canto à vida que a tragédia não conseguiu apagar.

**Mulher, um Ser Atemporal**
Heley personifica a mulher brasileira, guerreira anônima que luta em múltiplas frentes. No dia a dia, enfrenta os desafios da desigualdade, da violência e da invisibilidade. Sua força move o mundo, tecendo sonhos e construindo futuro. Como a luz que ilumina o tempo, a mulher é atemporal, presente em cada amanhecer, em cada conquista, em cada ato de amor.
**Heley de Abreu: Um Símbolo de Luta e Superação**
Seu heroísmo transcende o dia 5 de outubro. Ela é um símbolo de luta e superação para todas as mulheres que, como ela, enfrentam as chamas da injustiça, da discriminação e do machismo. Sua história nos convida a refletir sobre a hipocrisia de celebrar a mulher apenas em um dia específico.
**Um Dia Não Basta**
Presentes e homenagens, embora significativos, não podem se resumir a um único dia no calendário. É preciso reconhecer e valorizar a mulher em cada ato, em cada conquista, em cada passo dado na árdua jornada por igualdade.

**A Chama Imortal de Heley**

A chama que consumiu o corpo de Heley se transformou em um símbolo de esperança e resistência. Sua história nos inspira a erguer nossas vozes, a lutar por um mundo mais justo e igualitário, onde as mulheres possam florescer sem medo, sem violência, sem a sombra da discriminação.
Honrar Heley é honrar todas as mulheres. É reconhecer sua força, sua inteligência, sua capacidade de transformar o mundo. É construir um futuro onde cada Heley possa florescer, livre das amarras que a impedem de alcançar seu pleno potencial.
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, lembremos de Heley de Abreu e de todas as mulheres que lutam diariamente por um mundo melhor.
Que a chama de sua bravura nos ilumine na construção de um futuro mais justo e igualitário, onde a mulher seja protagonista de sua própria história.
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Wellington S. Costa