domingo, 13 de novembro de 2011

Veja mais dicas de manutenção do motor do carro

Programa 'AutoEsporte' mostrou quando é necessário amaciar o bloco.
Fazer revisões e trocas de óleo periódicas ajudam na conservação.

A tecnologia automobilística tem deixado os motores cada vez mais resistentes e imunes ao 'desleixo' de motoristas pouco preocupados com uma das partes mais importantes de um veículo. No programa "AutoEsporte" do último domingo (17), especialistas explicaram que o motor do carro zero quilômetro sai da fábrica pronto para ser usado, isto é, não precisa ser 'amaciado', ao contrário dos retificados (veja ao lado).

Atualmente, com inúmeras centrais eletrônicas e sensores, basta o proprietário seguir algumas regras simples para não ter dor de cabeça mais tarde. Sair acelerando logo nos primeiros quilômetros para evitar que o carro zero, como diriam os mais antigos, fique “amarrado” não desenvolve o máximo de potência e torque.

“Atualmente os processos de produção são mais digitais, a manufatura robotizada e os materiais dos componentes evoluíram, o que tornou desnecessária a prática de amaciar o motor”, explica Reinaldo Nascimbeni, supervisor de serviços técnicos da Ford, um dos consultados pelo programa.

“Os motores são testados até 240 mil km. Isso não significa que, após esta quilometragem, eles acabam. Hoje existem veículos com 300 mil, 350 mil km rodando perfeitamente”, completa.

Motores retificados
No caso dos motores retificados, as regras mudam um pouco. De acordo com o proprietário de retífica Odacir Cattaneo, os blocos refeitos precisam passar por um processo de amaciamento. “Por ser o processo de usinagem mais artesanal, que não utilizam peças originais, mas de primeira linha, os componentes demoram um pouco mais para encaixarem perfeitamente”, revela.

De acordo com ele, nos primeiros 1.500 km o motorista deve evitar longos períodos de marcha lenta e acelerações excessivas, elevando as rotações ao limite. “As pessoas têm mania de ligar o carro pela manhã e deixá-lo esquentando. Isso não pode. Também não pode sair acelerando o carro na saída da retífica.” Para Cattaneo, é preciso achar um meio termo, com variação das rotações. “Um motor retificado que não é amaciado corretamente, deixa folga nas peças e provoca, por exemplo, o consumo mais elevado dos fluídos”, explica.

No caso de o serviço ser de qualidade, um bloco refeito deve durar, pelo menos, 80% da quilometragem de um motor comum. “É preciso seguir os mesmo padrões de um motor zero. Levar o veículo às revisões periódicas, utilizar sempre combustível de qualidade, aditivos e sempre efetuar a troca de óleo nos períodos corretos”, conclui.


Fonte G1- Auto Esporte

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