sábado, 8 de outubro de 2011

Aterro Sanitário - 30 anos a mais de Vida Útil - Coleta seletiva poderá ser ampliada.

O novo lote que está sendo implantado no aterro sanitário de Guaratuba terá uma vida útil estimada de 20 anos, mas que pode chegar a 30 anos se houver incremento na coleta seletiva.

A avaliação é do diretor do Departamento Municipal de Meio Ambiente de Guaratuba, Vicente Variani. Segundo ele, nos últimos três anos, a prefeitura triplicou a coleta de material reciclável, mas é possível melhora

Variani e o diretor-executivo do Instituto das Águas do Paraná (Águas Paraná), Everton Luiz da Costa Souza, apresentaram nesta segunda-feira (3), na Câmara de Vereadores, o projeto de implantação do Lote 2 no aterro situado no Jardim Santo Amaro. 

O diretor de Meio Ambiente explicou que o aumento da conscientização da população na separação do lixo poderá ampliar em até dez anos a vida útil do aterro, caso ele receba apenas lixo que não pode ser reciclado. O vereador Claudio Nazário (PSDB) questionou então a deficiência na coleta seletiva, que não chega à maioria das ruas. Variani reconheceu que o sistema “não é 100%”. 

“Quando a prefeita Evani Justus e sua equipe assumiram, em janeiro de 2009, eram coletados 300 quilos de lixo reciclável por dia; hoje nós coletamos perto de 1 tonelada”, disse o diretor. Segundo ele, o ideal seria adquirir mais um caminhão para fazer o serviço que é feito por um só. 

Lixo per capita abreviou vida útil

Na explanação feita aos vereadores, Vicente Variani contou que o aterro foi implantado em 1999 para substituir o lixão situado no bairro Mirim. Desde o início, estavam previsto três lotes, cada um com vida útil estimada em 15 anos. “Na época, a produção média de cada pessoa em Guaratuba era de 500 gramas de lixo por dia e hoje é de 900 gramas”, disse o diretor para explicar porque o lote 1 esgotou-se em dez anos. Como paliativo, em 2009, a prefeitura criou um sexta camada de acomodação de lixo, uma a mais do que o previsto. 

Esta medida esgotou-se em plena temporada de verão 2010-2011. No final de janeiro de 2011 foi necessário, emergencialmente, implantar uma área provisória para acondicionamento do lixo. A área chegou ao limite. 

Ampliação ficará pronta em 8 meses

As obras no aterro sanitário começaram na semana passada e devem durar oito meses. O custo, estimado em R$ 2 milhões, será bancado pelo governo estadual. A prefeitura participa com a hospedagem e alimentação dos funcionários, além da cessão da equipe técnica que ficará a disposição do Águas Paraná e Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná), que sãos órgãos encarregados da execução. 

De acordo com Variani, poucos municípios estão recebendo o privilégio de uma obra bancada totalmente pelo Governo do Paraná. O geólogo Everton da Costa Souza acrescentou que todos os órgãos estaduais colaboraram na agilização da obra, como o IAP (Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que concedeu o licenciamento.

Segundo o diretor do aterro, Élcio Adélio Veiga, em dez dias, parte do lote 2 já pode receber lixo coletado na cidade. Com novas tecnologias, a vida útil prevista é de 20 anos mas pode ser de 30.

Operação Verão terá 3 caminhões para recicláveis

O diretor do Águas Paraná anunciou aos vereadores, que a coleta de lixo durante a Operação Verão, que começa no dia 16 de dezembro e termina na semana após a Quarta-feira de Cinzas, contará com dois caminhões de coleta seletiva contratados pelo governo estadual, ao invés de um. Com o caminhão a prefeitura, serão três operando. Segundo ele, serão os mesmo nove caminhões compactadores para a coleta geral. 

Variani explicou, então, que durante a temporada há um aumento de 100% na produção de lixo reciclável – de 40 para 80 toneladas por mês – mas de 500% no lixo comum – de 600 para 3.600 toneladas mensais. Ou seja, o governo deveria aumentar o número de caminhões compactadores.

Costa Souza reconheceu que a empresas que fazem a coleta no verão são orientadas a “recolher tudo” com os caminhões compactadores, inclusive os recicláveis, para evitar acúmulo de lixo nas calçadas. Isto pode explicar, em parte, a disparidade nos números apresentados por Variani.

Foto: Elcio Adelio Veiga
Correio Litorâneo

Um comentário:

Geny Iwankio disse...

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