“Nós praticamente triplicamos o número de universitários no Brasil no meu período como ministro da Educação”
Fernando Haddad (PT)
O total de matrículas universitárias em cursos de graduação – presenciais e à distância – cresceu 59,5% no país no período em que Haddad esteve à frente do ministério da Educação – longe, portanto, de triplicar, como o candidato afirma. Em 2004, antes de ele assumir a pasta, o Brasil tinha
4.223.344 matrículas universitárias ativas. Em 2011, último ano do petista no ministério, a soma das matrículas era de
6.739.689 – uma diferença de 2.516.345. Os dados são da
Sinopse Estatística da Educação Superior do Inep.
Vale destacar que o número de matrículas à distância cresceu 16 vezes no mesmo período: um salto de 59.611 matrículas em 2004 para 992.927 em 2011. Nos cursos presenciais, o aumento foi de 38% – de 4.163.733 matrículas em 2004 para 5.746.762 em 2011.
Procurado, Haddad não retornou.
Procurado, Haddad não retornou.
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“[Com o Programa Mais Médicos] 60 milhões de brasileiros que não tinham atendimento médico passaram a ter”
Fernando Haddad (PT)
VERDADEIRO
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“Eles [PT] tentaram também censurá-la [a internet], via Marco Civil da internet”
Jair Bolsonaro (PSL)
FALSO
O Marco Civil da Internet não trata de censura à internet. A lei,
sancionada em 2014, estabelece direitos e garantias aos usuários da rede com “respeito à liberdade de expressão”, e em momento algum sugere qualquer tipo de controle ao tráfego de informações. A lei garante a “inviolabilidade e sigilo de fluxo” de comunicações privadas e proíbe a suspensão dos serviços exceto por falta de pagamento (artigo 7), impede que o responsável pelo tráfego de informações privilegie ou prejudique qualquer tipo de conteúdo (artigo 9), e impede que provedores de internet sejam responsabilizados por conteúdos de terceiros, salvo em caso de descumprimento de ordem judicial específica (artigo 19), entre outras disposições contrárias à ideia de censura.
Procurado, Bolsonaro não retornou.
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“Não temos qualquer comprovação de que são médicos [os cubanos que fazem parte do programa Mais Médicos]”
Jair Bolsonaro (PSL)
FALSO
A
lei 12.871/2013, que instituiu o Mais Médicos no Brasil, exige que o candidato estrangeiro que pretende fazer parte do programa apresente comprovação de formação. Segundo a lei, o médico intercambista – como são chamados os estrangeiros que integram o projeto – precisa apresentar o diploma (expedido por instituição de educação superior estrangeira) e a habilitação para o exercício da Medicina no país de formação. Os estrangeiros do Mais Médicos não precisam fazer a
revalidação do diploma para atuar no Brasil, mas não significa que estejam liberados de apresentar comprovação de sua formação. Além disso, a lei também prevê que os intercambistas sejam fiscalizados pelo Conselho Regional de Medicina.
A contratação dos médicos cubanos é feita por uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), regida pelo
Termo de Cooperação Técnica TC (80) assinado pelos dois órgãos em agosto de 2013. De acordo com
nota da OPAS, a quem compete selecioná-los, “os médicos cubanos que estão trabalhando no Brasil são profissionais experientes com mais de 10 anos de prática clínica em sua maioria, experiência internacional em uma ou mais missões e especialização em saúde da família”.
Procurado, Bolsonaro não retornou.
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“No referendo de 2005, o povo decidiu que quer ter o direito de comprar armas e munições”
Jair Bolsonaro (PSL)
VERDADEIRO
O
Estatuto do Desarmamento entrou em vigor em 2003 e previu para 2005 a realização de um referendo sobre o comércio de armas e munições no Brasil. Em
outubro daquele ano, os brasileiros foram às urnas para responder à pergunta “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” – 63% dos eleitores votaram “não”. Assim, os brasileiros votaram pela manutenção do comércio desses artigos.
Fonte: Agência Lupa,Yahoo Notícias ter, 16 de out 12:30 BRT
Editado por: Natália Leal
Os presidenciáveis detalharam algumas de suas propostas, e a Lupa checou o que foi dito.