Lembra daqueles bons e velhos tempos, em que ficávamos horas a fio brincando no parquinho, às voltas com mil e uma atividades e rodeadas por uma enorme e diversificada turma de amiguinhos? Pois é, entre balanços, escorregas, gangorras e gira-giras, botávamos a imaginação pra funcionar e ainda gastávamos toda a nossa pilha – voltando pra casa imundas, cansadas e mortas de fome. Mas o que parecia ser uma simples farra infantil era na verdade um aprendizado para a vida toda. Como assim?! Simples: enquanto isso tudo acontecia, nossas habilidades motoras estavam sendo desenvolvidas e nosso comportamento social formado.
Brincar não é apenas uma maneira que a criança encontra para extravasar toda sua energia. É através dos jogos e das situações que cria – sozinha ou em companhia dos amiguinhos – que ela tenta entender o mundo à sua volta. Por isso é que a gente sempre ouve uma delas imitando, durante uma brincadeira, algo que viu na TV, em casa ou na rua. Essa é a forma que ela encontra de fixar as informações na memória. Além disso, as brincadeiras espontâneas são o paraíso para a garotada, pois elas têm a liberdade de poder criar e instituir suas próprias regras. Ao contrário, é claro, do videogame, que já possui um roteiro pré-determinado e não faz a criança pensar, muito menos exercitar sua criatividade.
Os atos de pular, correr e movimentar os brinquedos de um parquinho trazem um ótimo resultado para a saúde e o desenvolvimento físico e mental da criança. Segundo a psicóloga infantil Luciana Gentilezza, o parquinho fornece todas as coisas indispensáveis para um bom crescimento.
“Os brinquedos típicos de um parquinho favorecem o desenvolvimento de habilidades motoras, permitindo à criança ir descobrindo a dimensão das suas capacidades reais, ao mesmo tempo em que vai permitir o aperfeiçoamento das habilidades sociais e a comunicação: um balanço ensina a aprender a esperar a sua vez, uma gangorra exige um amiguinho que tope ir junto, e assim por diante”
Cuidados
É, mas nem sempre o parquinho é um lugar seguro para a garotada – ainda mais para aquelas bem levadas. Não é à toa que boa parte delas acaba, pelo menos uma vez na vida, toda esfolada. Isso quando não voltam para casa com uma parte do corpo quebrada.
“É muito comum ocorrerem quedas e fraturas, causadas por acidentes com brinquedos.
Tem criança que passa por trás do balanço em movimento e acaba sendo atingida. Outra que não se segura direito e cai da gangorra. E isso acontece, muitas vezes, por falta de supervisão de um adulto”, observa o pediatra Luiz Henrique Hercowitz, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. De acordo com o médico, também há outros perigos a serem notados, como a presença de animais no parquinho – principalmente nos públicos.
Mexendo na areia, a criança pode ter contato com as fezes dos bichos e contrair parasitoses. Materiais enferrujados, arames soltos e brinquedos em péssimo estado, então, já prenunciam algum inconveniente.
Mesmo com esses ligeiros transtornos, a psicóloga Luciana aponta que as brincadeiras ao ar livre dão de dez a zero nas atividades hoje escolhidas pelos pais para ocupar o tempo livre de seus filhos.
“Hoje é comum crianças deixarem de brincar para cumprir uma rotina de cursos de inglês, natação, informática. Assim, elas já crescem estressadas e sobrecarregadas, não têm a possibilidade de exercitar seu lado infantil, de criar ou se expressar. Isso não traz nenhum benefício para a criança
Ao contrário, elas vão sentir muita falta disso na idade adulta”, avalia. Pois é, na era do vídeo-game, o bom e velho parquinho continua com a bola toda.
Parabéns aos responsáveis pela iniciativa, vamos em casa ensinar aos nossos filhos a zelar sempre pelo parquinho, ensinando que é um bem público que todo mundo usa e precisa ser preservado. Também vamos procurar ficar bem atentos as dicas dadas pelo pediatra Luiz Henrique Hercowitz e psicóloga Luciana cidados acima, eu diria principalmente com a balança, pois por mais divertido que seja o parquinho envolve altura, velocidade, alavancas e muita distrção (sim pois elas não tem noção do mínimo risco) das crianças, pelo menos com os mais pequenininhos temos que ficar bem atentos, não custa nada enquanto ficamos cuidando de nossos filhos olharmos tanbém seus coleguinhas. Falando assim parece assustador, coisa de pai coruja, mas lembrem-se "quanto mais precaução, menor remediação". Brincar sim, mas com segurança, e está, e de boa parcela responsabilidade nossa.
Fonte do texto entre as fotos: http://msn.bolsademulher.com/familia/a-importancia-do-parquinho-3365-1.html