A Responsabilidade dos Pais
O Presidente Brigham Young amava as crianças e acreditava na pureza delas perante Deus. Muitos de seus sermões incluíam conselhos aos santos sobre como cuidar dos filhos. Por exemplo: Um de seus filhinhos tinha o hábito de derrubar a colher e a tigela de pão e leite no chão sempre que eram colocadas a sua frente. A mãe já não sabia o que fazer. Brigham deu-lhe o seguinte conselho: “Da próxima vez que ele derrubar a tigela de sua mão, deixe-o sentado na cadeira, não diga uma só palavra [e] vá cuidar de suas tarefas”. A mãe seguiu o conselho. A criança, a princípio, ficou de pé ao lado da cadeira olhando para a mãe, depois para a tigela caída no chão. Por fim, agachou-se, apanhou a colher e a tigela do chão e colocou-as de volta sobre a mesa. Daí por diante o menino nunca mais derrubou o prato da mesa. A respeito de como sua esposa havia agido, Brigham Young comentou: “Ela poderia ter-lhe dado umas vergastadas e tê-lo ferido, como muitas outras pessoas teriam feito; mas se as mães souberem o que devem fazer, poderão corrigir os filhos sem usar de violência”. (LBY, p. xxv) Pela descrição que sua filha Susa fez dele, é evidente que o Presidente Young vivia os princípios que ensinava. Ela descreve-o como “um pai ideal. Bondoso ao extremo, carinhoso, atencioso, justo e firme. (…) Ninguém o temia; todos o adoravam”. (LSBY, p. 356)
Os pais são os tutores dos filhos de Deus e devem ensiná-los, educá-los e cuidar deles.
Somos tutores de nossos filhos e recebemos a responsabilidade de ensinálos e educá-los. Se não nos esforçarmos para encontrar um modo de salvá-los das influências do mal, quando formos pesados na balança seremos achados em falta. (LBY, p. xxiv)
Os pais são responsáveis perante o Senhor pelo modo como educam e orientam seus filhos, pois “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem valoroso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos (…)” (Salmos 127:3–5)
(DNW, 7 de dezembro de 1864, p. 2.)
Pais, procurem honrar seus filhos; criem-nos na doutrina e admoestação do Senhor. Ensinem-lhes a verdade e não o erro; ensinem-nos a amar e a servir a Deus [ver Deuteronômio 6:5]; ensinem-nos a crer em Jesus Cristo, o Filho de Deus e Salvador do mundo. (DNSW, 8 de agosto de 1877, p. 1.)
As mães são o instrumento motor nas mãos da Providência para guiar os destinos das nações. Se, em qualquer nação, as mães ensinarem os filhos a não guerrear, eles nunca entrarão em guerra quando crescerem. Se as mães ensinarem aos filhos: ‘Declarem guerra contra seus inimigos,sim, guerra total!’, eles crescerão cheios desse espírito. Conseqüentemente, pode-se ver de imediato o que lhes desejo inculcar na mente: que as
mães são o mecanismo que dá estímulo ao ser humano e guia os destinos
e a vida dos homens na face da Terra. (DBY, pp. 199-200)
Podemos guiar, dirigir e endireitar um tenro rebento para seguir a direção que lhe dermos, se o fizermos sábia e habilmente. Assim, se cercarmos uma criança de influências saudáveis e benéficas, dando-lhe instruções adequadas e enchendo sua mente de tradições verdadeiras, talvez isso a conduza no caminho da vida. (DBY, p. 209)
Os pais devem criar os filhos com amor e bondade.
Os pais devem tratar os filhos da mesma forma que desejam ser tratados e dar-lhes um exemplo que esteja à altura de um santo de Deus. (DNW, 7 de dezembro de 1864, p. 2.)
Criem seus filhos para que tenham amor e reverência ao Senhor; observem o gênio e o temperamento de cada um e tratem-nos adequadamente, jamais disciplinando-os quando vocês estiverem tomados pela ira. Ensinem-nos a amá-los em vez de temê-los. (DBY, p. 207)
Em nossas atividades diárias, sejam elas quais forem, os santos dos últimos dias (…) devem manter um temperamento coerente e equilibrado, tanto em casa como fora dela. Não devem permitir que os contratempos e as circunstâncias desagradáveis os tornem pessoas amargas, deixandoos mal-humorados e descorteses em casa, levando-os a usar palavras ásperas e rudes, que certamente magoam, para com a mulher e os filhos. Isso criaria uma atmosfera de depressão e tristeza no lar, tornando-os mais temidos do que amados pela família. Jamais devemos permitir que a ira brote em nosso íntimo, e palavras motivadas pela raiva nunca devem passar por nossos lábios. “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. [Provérbios 15:1] “O furor é cruel e a ira impetuosa”
[Provérbios 27:4], mas “a prudência do homem faz reter a sua ira, e é glória sua o passar por cima da transgressão”. [Provérbios 19:11] (DBY, pp. 203–204)
Ao viajar pelo mundo, tenho visto que a maioria dos pais está extremamente preocupada em governar e controlar os filhos. Pelo que pude observar, tenho visto mais pais que não conseguem controlar-se do que pais que não conseguem controlar os filhos. Se uma mãe deseja controlar o filho, em primeiro lugar deve aprender a controlar a si mesma, depois
disso conseguirá ter sucesso em sujeitar o filho a sua vontade. Mas se ela não consegue controlar a si mesma, como espera que uma criança, que ainda é um infante em entendimento, seja melhor, mais sábia e prudente do que um adulto já maduro? (DNSW, 12 de julho de 1870, p. 2.) Os pais nunca devem forçar os filhos a fazer algo, mas orientá-los dando- lhes conhecimento à medida que sua mente estiver preparada para recebê-lo. Há ocasiões em que o castigo pode ser necessário, (…) no entanto os pais devem orientar seus filhos preferindo a fé à vara, conduzindo-os amorosamente por meio de bom exemplo em toda verdade esantidade. [Ver D&C 121:43.] (DBY, p. 208)
Não podemos castigar uma criança por fazer algo que seja contrário a nossa vontade, se ela não tiver consciência do erro; mas se nossos filhos tiverem sido ensinados e souberem o que se espera deles, a menos, obviamente, que se rebelem, estarão esperando ser castigados, e é perfeitamente justo que o sejam. (DNSW, 8 de julho de 1873, p. 1.) Quero dizer aos pais que as palavras bondosas e atos de carinho dirigidos aos filhos conseguirão dominar sua natureza indócil muito melhor do que a vara, ou seja, do que o castigo físico. Apesar de estar escrito: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe” [Provérbios 29:15] e “O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga” [Provérbios 13:24], essas citações referem-se (…) à aplicação de castigos sábios e prudentes. As crianças que vivem sob a influência da bondade e afeto dospais, quando percebem que os pais ficaram descontentes e recebem alguma reprimenda deles, estão sendo mais castigadas do que se recebessem qualquer tipo de punição física. (DNW, 7 de dezembro de 1864, p. 2.)
Poderia citar duas dezenas de homens nesta congregação que afastaram seus filhos de seu lado por usarem a vara. Quando há severidade, não existe afeição nem sentimento filial no coração de ambas as partes. Os filhos irão preferir afastar-se do pai a viver a seu lado. (DBY, p. 203) Não é pelo chicote ou pela vara que faremos nossos filhos tornarem-se obedientes; mas pela fé, oração e nosso bom exemplo. (DNW, 9 de agosto de 1865, p. 3.) Não creio em impor minha autoridade como marido ou pai por meio da força bruta; mas, sim, por meio de inteligência superior, mostrandolhes que sou capaz de ensiná-los (…) Se o Senhor colocou-me à cabeça de uma família, desejo exercer esse cargo com toda humildade e paciência,
não como ditador, mas como companheiro fiel, pai tolerante e carinhoso, líder atencioso e não arrogante; desejo ser honrado em minha posição pela fervorosa dedicação, plena capacidade e a ajuda do Espírito de Deus no cumprimento de meu papel, de modo a levar a efeito a salvação de todos os que foram colocados sob minha responsabilidade.
(DNW, p. 23 de julho de 1862, p. 2.)
Às vezes acontece de nossos filhos não estarem de bom humor; mas se os pais mantiverem o Espírito, os filhos não permanecerão muito tempo de mau humor (…) Guiem seus filhos em retidão, com respeito e amor pelo Senhor, e eles os seguirão. (DNSW, 7 de abril de 1868, p. 3) Um olhar carinhoso, atos de bondade, palavras gentis e uma atitudeamável e virtuosa para com os [filhos] são coisas que os unirão a nós por meio de laços que não serão facilmente quebrados. Por outro lado, maltratar nossos filhos e agir com crueldade são coisas que os afastarão de nós, quebrando todos os laços sagrados que os unem a nós e o convênio
eterno que nos envolve. Se minha família e meus irmãos e irmãs (…) não me obedecerem com base na bondade e em uma vida louvável perante todos os homens e perante os céus, então adeus a toda a influência. (DNW, 7 de dezembro de 1864, p. 2.)
Vivamos de modo que o espírito de nossa religião esteja sempre conosco, então teremos paz, alegria, felicidade e contentamento. Esse espírito dá origem a bons pais, boas mães, bons filhos, bons lares, vizinhos, comunida des e cidades. Vale a pena viver assim e creio sinceramente queos santos dos últimos dias devem esforçar-se para alcançar esse objetivo”.
(DBY, p. 204)
Os pais devem guiar os filhos de modo bondoso e
firme para uma vida reta.
Vocês devem sempre liderar seus filhos tanto no aspecto racional quanto no emocional. Em vez de ficarem por trás com o chicote, estejam à frente, de modo a poderem dizer-lhes: “Sigam-nos”. Assim, nunca precisarão fazer uso da vara. Seus filhos os seguirão com prazer e apreciarão suaspalavras e atitudes, porque vocês sempre estarão dando-lhes conforto,
alegria e prazer. Caso venham a ficar um pouco mal comportados, façam com que parem, antes que tenham ido longe demais. (…) Se eles estiverem cometendo transgressões e passando dos limites, queremos que parem.Se vocês estiverem à frente, eles irão parar, pois não poderão passar por cima de vocês; mas se vocês estiverem atrás deles, fugirão de vocês. (DNSW, 8 de dezembro de 1868, p. 2–3.)
O filho gosta de ver o sorriso da mãe, mas detesta seu rosto zangado. Aconselho as mães a não permitirem que os filhos façam coisas erradas, mas com brandura. Se um filho tiver que dar um passo em certa direção e não parecer disposto a fazê-lo, coloque-o gentilmente no caminho certo e diga: Vamos, meu bem, você deve fazer o que eu digo. Os filhos precisam
receber orientação e instrução a respeito do que é certo de modo bondoso e afetuoso. (DBY, p. 209) Jamais devemos fazer algo que não desejamos ver nossos filhos fazerem.
Devemos ser um exemplo das coisas que gostaríamos que eles imitassem.
Será que nos damos conta disso? Freqüentemente vemos pais exigirem obediência, bom comportamento, palavras amáveis, boa aparência, suavidade na voz e alegria no olhar de um filho ou filhos, quando eles mesmos estão cheios de amargura e mau humor constante! Quanta incoerência e insensatez! (DBY, p. 208)
Os filhos podem ser unidos aos pais por um laço eterno.
Que pais e mães, membros desta Igreja e reino, sigam o caminho certo e se esforcem para nunca fazer coisas erradas, mas que pratiquem o bem durante toda a sua vida. Quer tenham somente um filho ou uma centena, se procurarem agir adequadamente diante deles, fazendo com que se apeguem ao Senhor por meio de sua fé e orações, não importa aonde os
filhos decidam ir, estarão ligados a seus pais por um laço eterno, e nenhum poder da Terra ou do inferno poderá separá-los de seus pais na eternidade. Eles retornarão novamente à fonte de onde emanaram. (DBY, p. 208)
Fonte: http://afamiliaproclamacaoaomundo.blogspot.com/search/label/A%20Responsabilidade%20dos%20Pais%20-%20Brigham%20Young
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