O padre Joaquim
Raimundo Braz, era mineiro de Cordislândia, tinha 42 anos, chegou a
Matinhos no dia 5 de agosto de 1989. Foi ordenado padre em Jacarezinho e graças
ao seu empenho e trabalho junto com a comunidade local, ele conseguiu a
restauração da antiga igreja de São Pedro, construída nos anos de 30 e 40, e
que estava deteriorada pela ação do tempo. Foi ele que iniciou a reforma da
atual igreja matriz, há aproximadamente 20 anos. O padre Joaquim, foi eleito
cidadão honorário de Matinhos, em 1992, e do Paraná em 1995, graças ao seu
trabalho junto a comunidade matinhense que reconheceu o seu empenho e
dedicação. Mas o que o tornou conhecido no Paraná e em outros Estados, foi a maneira com
que ele realizava suas pregações, sua forma de se vestir, as mudanças que
provocou na comunidade católica de Matinhos, sua postura social, suas grifes
(vinho e roupas) e acima de tudo, sua simplicidade de comunicação com as
pessoas. Em suas celebrações durante as missas, dava destaque a música. O Padre
Joaquim comentava que ele era um discípulo do padre Marcelo Rossi, que se
tornou famoso pela forma que ministrava suas celebrações musicais. O que muita
gente não entendia era o gosto por coisas luxuosas como jóias e roupas floridas,
e foi partindo deste gosto, que em novembro de 1997, ele fundou a grife J.
Braz, montando uma loja em Matinhos, onde eram vendidos artigos religiosos,
roupas, bijuterias e acessórios de moda. Dois anos depois, em dezembro de 1999,
fez o lançamento dos vinhos J. Braz. Como escritor, foi autor de três livros:
Deus é mãe (1996), Depressão (1996) e Pânico (1996). Era colunista do jornal
Folha de Guaratuba, desde 30 de julho de 1999, quando iniciou na edição 381,
sob o tema ¨Adeus Pânico¨. Faleceu no dia 03 de junho
de 2002 vitíma de latrocinio. Seu corpo, depois de receber calorosa despedida da comunidade de
Matinhos, foi trasladado para Ibaiti, onde vivia a mãe do padre, Maria Inácia
Braz e seus irmãos, para ser velado e sepultado.